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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Porque os maiores bancos estão entrando no crédito consignado?

Prezados Leitores,
Boa noite.

Apesar de muito tempo que não divulgo nada em meu blog, resolvi retomar este canal de comunicação com todos vocês. Fiquei pensando em qual matéria seria mais apropriada para esta nova fase, e percebi que desde a minha última postagem (24/01/2012) muitas coisas mudaram drasticamente em nosso mercado.

Muitos bancos simplesmente sumiram do mercado, ou diminuíram muito a comissão a ponto de não serem atrativos para os corretores, ou simplesmente tiraram o produto consignado de seu leque de produtos. Mas a maior mudança de todas, e obviamente a mais perceptível é a entrada de grandes bancos (CEF, ITAU, BANRISUL, entre outros) neste mercado. 

Acredito que muitos devem se perguntar, porque só agora eles decidiram entrar? O consignado existe desde 2002, e até pouco tempo atrás não era atrativo para este bancos. Entretanto, após a crise de 2008 e os escândalos envolvendo alguns bancos (Panamericano e BCSUL) outros bancos enfrentaram muita dificuldade de captar dinheiro lá fora para poder emprestar aqui dentro. 
A saída destes bancos de pequeno porte, foi se aliar ou até mesmo serem vendidos para bancos maiores. Como por exemplo, o que aconteceu com o BMG e ITAU. Este se uniram e montaram uma nova instituição financeira, denominada Itau-Bmg. 

É obvio que para estes grandes bancos, o produto consignado ficou muito atraente, ainda mais com o poder de venda que os bancos menores tem com o apoio de seus correspondentes, e estes por sua vez com o apoio de seus corretores. Só para se ter uma ideia, o BMG era líder em vendas no consignado INSS, contando apenas com algumas agências em algumas capitais, porém, tinha na outra ponta mais de 300 correspondentes cadastrados a nível nacional e estes por sua vez, tinham seus corretores aos milhares.

Este diferencial de atendimento dos corretores e correspondentes, é que fez e ainda faz o produto consignado ser uma das principais e mais importantes linhas de crédito do país. Todavia os grandes bancos, contavam apenas com agências bancárias espalhadas em cada esquina, esperando sentados os clientes entrarem e implorarem por um empréstimo. 

O trabalho dos correspondentes e corretores é diferente. Eles vão a casa dos clientes, criam amizade, resolvem problemas que muitas vezes nada tem a ver com o produto vendido. Enfim, a forma que os pequenos bancos encontraram de vender este produto, fez ele se tornar tão atrativo a longo prazo, que os grandes bancos não tiveram outra saída. Apesar do clichê, a frase é um fato neste ramo: Se não pode com ele, junte-se a ele. 

Foi exatamente nesta linha de pensamento, que fez os maiores bancos do país se aliarem aos menores. Hoje, tanto os correspondentes como os corretores, vendem para estes bancos através das mesmas instituições do passado, como por exemplo: Banrisul x Matone, Bradesco x Bmc (Bradesco Promotora), Itaú x Bmg, CEF x Panamericano. 

Antes do Banco Cruzeiro do Sul, ser interditado pelo BC, quase foi concretizada a compra deste pelo banco Santander. Muitas agências de notícias já davam como certa esta transação, pois era nítida a imagem de bom produto a oferecer aos clientes, junto com o poder de venda, porém muito mal administrado pela diretoria do Cruzeiro do Sul. 

Ao contrário do que muitos me perguntam, eu não acho que devemos nos preocupar. Afinal, os grandes bancos já tentaram vender este produto somente em suas agências e não deu certo. O produto é bom e garantido em 90% dos casos. O poder de venda dos agentes de crédito, chamou a atenção e mostrou para os grandes que não basta estar sentado esperando o cliente vir até você. Tem que se fazer mais, e para essa simplicidade de fazer mais, se tornar amigo, estar sempre disponível mesmo que não, eles precisam dos corretores. Estes sim, merecem todo o respeito e admiração dos fornecedores deste produto.

Um grande abraço a todos, e muito obrigado.

Daniel Rodrigues

Um comentário:

  1. Muito bem colocado nesta ediçaõ em que o força dos corretores é fundamental para o desenvolvimento do consignado; com certeza ficar sentado a espera do cliente naõ se atinge o objtivo.

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