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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Investimento na Bolsa de Valores, vale a pena?


Se você decidiu investir em ações, significa que fez uma avaliação criteriosa de suas necessidades e objetivos, e está disposto a investir por um longo período de tempo.
Fundamentalmente, o mercado acionário poderá proporcionar ganhos aos investidores com o crescimento da economia e consequente aumento no lucro das empresas que possuem ações negociadas na Bolsa de Valores.
Esses ganhos para o investidor vêm por meio dos dividendos distribuídos por essas empresas e pela valorização de suas ações no mercado. Comprar ações na Bolsa de Valores é, portanto, uma forma de participar dos resultados gerados pelas empresas em sua atividade. Quanto maior for o lucro que elas apurarem em cada exercício, maior também será a sua parte, já que cada ação representa uma unidade do capital de uma empresa.
A forma mais segura de aumentar seu patrimônio com ações ao longo do tempo é pela montagem de uma carteira diversificada, ou seja, constituída de papéis de diferentes empresas, de diferentes setores de atividade.

Dos 20 aos 40 anos

Esta é uma fase da vida em que há uma enorme pressão para gastos, de um lado, e poucos recursos para investimentos, de outro.
Você quer comprar a casa, o carro, fazer uma boa viagem etc. No entanto, seu salário ainda está engatinhando. Mas, investimento é o resultado de uma equação na qual os ingredientes são tempo e dinheiro. Quanto mais você tiver de um, menos precisará do outro.
Objetivos de longo prazo, tais como comprar uma casa nova, ter a aposentadoria dos seus sonhos, pagar a universidade dos seus filhos, exigem uma quantia considerável de recursos. Diversificar investindo em ações pode ser seu grande aliado para conseguir conquistar esses ou qualquer outro objetivo que exija uma valorização expressiva do seu patrimônio, desde que você tenha tempo para esperar isso acontecer.
Dos 20 aos 30 anos de idade, mais do que dinheiro, você tem tempo para investir. Por isso, esta é fase em que a parcela em ações pode compor boa parte de sua carteira de investimentos. Assim, suas chances de ter sucesso em seus investimentos de longo prazo aumentam consideravelmente.
Quando você começa a investir em ações, ainda jovem, e faz suas aplicações regularmente, consegue reduzir bastante o risco inerente a esse mercado. Isso porque você vai usar uma técnica que os especialistas conhecem como dollar-cost averaging, ou custo médio, que consiste basicamente em aplicar em ações todo mês a mesma quantidade de dinheiro. Nos meses em que as ações estiverem em alta, ou seja, caras, você comprará poucas ações. Mas nos meses em que elas estiverem em baixa (baratas), com a mesma quantidade de dinheiro você comprará mais ações, diminuindo portanto seu custo médio. 
Assim, como a tendência é que se valorizem no longo prazo, o preço médio de suas ações tende a ser bem razoável.

Dos 40 aos 60 anos

Você ainda tem um horizonte de longo prazo para construir sua carteira de investimentos e, por isso, a parcela de investimento em ações dentro da sua carteira ainda pode ser relevante.
Esta é uma fase em que seu salário já não é tão baixo, embora a pressão por gastos ainda seja alta. Neste momento é importante observar que, na hora de selecionar seus objetivos, as aplicações visando a aposentadoria devem estar no topo de suas preocupações.
Revisar periodicamente sua carteira e fazer uma realocação de ativos sempre que necessário também é uma atitude prudente nessa fase da sua vida.
Diferentemente do momento anterior (dos 20 aos 30 anos), quando você pode errar quantas vezes quiser, agora é fundamental que seus acertos sejam bem maiores. Outro ponto para que os analistas chamam atenção é: reduza um pouco a parcela das ações de crescimento (growth stocks) de sua carteira e procure mais as ações de valor (value stocks).
Se você ainda não teve a oportunidade de iniciar sua carteira de investimentos em ações, saiba que ainda está em tempo.

A partir dos 60 anos

Nesta fase da vida você ainda pode ter ações em seu portfólio de investimento.
A expectativa de vida está cada vez mais alta, por isso, desprezar ações, mesmo depois de aposentado, pode comprometer seu padrão de vida no futuro.
No longo prazo, historicamente, as ações costumam bater com mais folga as taxas de inflação.
Dessa forma, você protege seu patrimônio da corrosão inflacionária que, no longo prazo, tende a reduzir significativamente seu poder aquisitivo.
Neste estágio, você deve privilegiar as ações de valor (value stocks). Papéis de empresas que pagam bons dividendos regularmente, devem representar a maior parcela de sua carteira de ações. As ações de valor podem proporcionar maior equilíbrio à sua carteira durante momentos de crise. Além disso, o pagamento regular de dividendos serve como uma renda e ajudará seu fluxo de caixa.
Os investidores americanos costumam usar uma regra que sugere que eles subtraiam de 100 sua idade e a diferença corresponda à parcela da carteira que deve ser aplicada em ações. Assim, se você tem 60 anos de idade, sua carteira de investimentos deve ter 40% aplicados em ações. No entanto, como o mercado brasileiro ainda tem muita volatilidade (oscilação), esta pode não ser uma boa medida.
O melhor é que você faça uma análise criteriosa de sua carteira. Invista em ações apenas a parcela de suas aplicações que, mesmo em momentos de crise, não irá comprometer sua saúde financeira.

Ações para seus filhos

Esta é uma excelente decisão: pensar no futuro de seus filhos. Investimento em ações é indicado para quem tem um horizonte longo de tempo, e com certeza seus filhos se encaixam nesta regra.
Ao fazer uma carteira de ações para seu filho tente, na medida do possível, aproximá-lo do investimento. Ele entenderá perfeitamente se você fizer referência aos nomes das empresas e ele passará, inclusive, a ficar mais atento às notícias sobre determinada empresa. Ele certamente não será capaz de fazer análises de empresas, mas é uma forma muito interessante de ensinar conceitos de investimentos ao seu filho, e ainda lhe mostrar o elo com o setor produtivo, com a economia real.
Os investimentos em ações devem compor a maior fatia da carteira de seus filhos. Como ainda são crianças, eles têm uma chance enorme de sucesso com suas aplicações, pois o tempo conta a seu favor. Assim, você estará contribuindo para que seu filho chegue à idade adulta com uma boa reserva financeira e ainda, o que é mais relevante, terá ensinado as noções básicas de investimentos para que seja um adulto financeiramente responsável.
Não importa a idade de seu filho, se ele já tiver documentos como CPF e carteira de identidade, poderá abrir sua própria conta em uma corretora. Os pais serão responsáveis pela movimentação dessa conta, mas os investimentos ficam em nome da própria criança.

Daniel Rodrigues

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