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São Paulo, São Paulo, Brazil

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Correspondentes Bancários do MA temem prejuízo por causa do Monopólio

Os cerca de cem correspondentes bancários, existentes no Maranhão, estão temerosos com a possível assinatura de um contrato entre o governo do Estado e o Banco do Brasil, a fim de que a instituição financeira tenha exclusividade sobre a operação de empréstimos consignados para os servidores estaduais. Segundo os correspondentes, os prejuízos previstos com o que eles chamam de 'monopólio' seria o fechamento das empresas e a demissão de aproximadamente 30 mil pessoas.

Durante conversa com a redação do Jornal Pequeno, um correspondente bancário, que preferiu não se identificar, disse que os comentários sobre a assinatura do contrato começaram a ser feitos há cerca de duas semanas, mas que o assunto ganhou maior repercussão após nota publicada no Colunaço do Pêta de domingo, 21, fazendo com que houvesse maior mobilização da categoria. O correspondente contou que o Banco do Brasil tenta ganhar essa exclusividade desde quando assumiu a folha de pagamento do governo estadual, a exemplo do que aconteceu nos estados do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Piauí. "Não há legalidade nisso, monopólio é inconstitucional em todos os setores. Acreditamos que o Banco do Brasil deve ter pressionado o governo para que houvesse a assinatura", revelou.

Foi informado ao JP que, no Maranhão, existem 20 bancos operando com o empréstimo consignado, perfazendo um total de mais de cem correspondentes que empregam diretamente 10 mil pessoas, mas que aproximadamente 30 mil podem ficar desempregadas. Isso porque o governo do Estado é o principal convênio dessas empresas, uma vez que a folha de pagamento do Maranhão é uma das mais extensas do Brasil. "Se esse contrato for assinado, além de ser inconstitucional e de ir contra a livre concorrência também irá aniquilar o livre arbítrio dos servidores", ressaltou o correspondente.

Na tarde de segunda-feira, 22, um grupo de correspondentes se reuniu para tratar do assunto e foi definido que ontem uma comissão iria conversar com um representante do governo. A conversa aconteceu durante a tarde, mas a pessoa se limitou apenas a declarar que não haverá assinatura do contrato, o que contraria as informações obtidas pelas empresas de que o termo deveria ter sido firmado na sexta-feira e que teria sido adiado para a tarde de hoje.

Durante a reunião de segunda-feira, também ficou acertado que na manhã de hoje será realizada uma passeata envolvendo os correspondentes, funcionários das empresas e servidores estaduais, insatisfeitos com a medida do governo. A concentração será às 9h em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro, de onde os manifestantes sairão em caminhada até o Palácio dos Leões à espera de que sejam atendidos por algum representante do governo para tratar sobre o assunto.


Fonte Jornal Pequeno - Wellington Rabello
Fonte http://www.cabecadecuia.com 

2 comentários:

  1. Amigo Daniel, aqui no Mato Grosso do Sul, nosso Governador André Puccinelli já assinou este contrato e deu exclusividade ao Banco do Brasil e em entrevista disse estar fazendo uma ação legal e portanto os que se sentirem prejudicados que procurem a Justiça, pois ele esta certo. Vai dai que......
    Abraços
    Renato Rech. Twitter: @_jbnews

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  2. Querido Renato.

    Infelizmente o Brasil está sendo dominado somente pelo Banco do Brasil. O que é um erro. Se pensarmos que daqui a 10 anos, não teremos mais correspondentes e nem corretores de crédito consignado, pois o Banco do Brasil não aceita cadastra-los, onde eles irão trabalhar?

    O que me intriga e muito, é o fato dos governadores e prefeitos, acharem isso legal. Realmente deve ser, pois o Banco do Brasil paga uma fortuna para ter direito a exclusividade. A pergunta é, este dinheiro está sendo aplicado em que? Qual o benefício para o funcionário público, em não ter opções de escolha?

    Dificil....

    Obrigado amigo!!!

    Daniel Rodrigues

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